Geralmente descontamos o estresse no aumento de consumo de doces. Isso anula a sensação ruim da ansiedade e pelo medo de que tudo dê errado. Um processo neurológico, pois ao comer esse tipo de ingredientes, são ativadas regiões do cérebro ligadas às boas sensações. Por conta disso, nosso corpo libera dopamina, um neurotransmissor que gera prazer, uma sensação doce que acaba superando o amargor que a ansiedade nos traz.
A questão é que esses alimentos até podem consolar quem não consegue se acalmar – no caso das mulheres, o estresse, muitas vezes consequência da ansiedade, pode fazer com que elas comam sete vezes mais doces. Mas essa sensação de satisfação e prazer dura pouco e faz a pessoas necessitar de uma dose cada vez maior, o que leva a um círculo vicioso.
Os especialistas afirmam que os alimentos com propriedades calmantes e nutrientes que compõem e modulam neurotransmissores da tranquilidade no nosso cérebro e organismo estão presentes em excelentes quantidades, em uma alimentação balanceada e bem colorida. Como magnésio, taurina, teanina e triptofano, excelentes para controlar o estresse, pois aumentam a concentração do ácido gama-aminobutírico (gABA) e diminue o glutamato no cérebro, neurotransmissores responsáveis por ansiedade, agressividade e calma.
Ou seja, a relação entre o ansioso e suas refeições vai além do consolo psico e neurológico: aquilo que comemos pode influenciar nas repercussões físicas da ansiedade, além de mexer, de outras formas, com a nossa mente. Por isso, para uma vida mais tranquila é importante fazer do nosso prato uma parte da solução eficaz, e não apenas temporária, para a ansiedade.
Fonte: Revista Vida e Saúde
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